Primeiras Impressões de Adriaanse

A conversa incidiu sobre vários temas, a partir dos quais podemos saber o que pensa o treinador azul e branco sobre o seu plantel... e não só.
Novas regras, os jogadores e o português
«Temos de seguir as regras e nos jogos não é permitido usar anéis nem brincos. Para mim, os treinos são como os jogos. São as regras da UEFA e não as minhas. Essa questão não é importante, o importante é ganhar jogos.»
«Quando se é uma estrela de cinema, podem usar-se todos os acessórios, porque a imagem é importante. Mas um jogador tem de jogar com os pés e não com as orelhas.»
«É um clube muito bem organizado. Os jogadores são muito disciplinados e comportam-se como profissionais e não tive de lhes chamar a atenção para nada. Foi uma boa semana de treino, porque não houve lesões e trabalhámos muito.»
«A maior parte dos jogadores fala bem inglês e também tenho o Rui Barros para me ajudar, já que ambos falamos francês. Para motivar bem as pessoas é melhor falar na língua delas, por isso tenho aulas diárias de português.»
O jogo-treino com o Tourizense
«Não me lembro do resultado, porque não é importante. Não foi um jogo de 90 minutos, mas sim quatro partes de cinco minutos. Foi mais um treino do que um jogo. Tenho mais de trinta jogadores, por isso dividi o grupo de forma a que cada um pudesse fazer, pelo menos, uma parte. Comecei a jogar num 4x3x3 e é o sistema que costumo usar. Tenho 21 anos como treinador principal e ao longo desses 21 anos é esse sistema que tenho utilizado. Jogamos futebol para os adeptos»
Sobre Fatih Sonkaya
«Conheço-o dos tempos em que jogou na Holanda e nessa altura era um bom jogador, que poderia ter ido para o Ajax ou para o Feyenoord, mas optou pela Turquia. No Besiktas não teve muitas oportunidades para jogar e assim tornou-se mais difícil mostrar todo o seu valor.
Na minha opinião tem muito potencial. Estou feliz por ele estar no F.C. Porto, porque precisávamos de um lateral-direito e sei que ele também está feliz por cá estar»
E Kromkamp?
«Esse é um assunto interno do clube. Temos o Fatih e estamos satisfeitos, e talvez tenhamos mais opções no plantel para o lado direito da defesa, como o Bosingwa. Quanto mais opções para uma posição melhor, mas continuo a dizer que esse é um assunto do foro interno do clube»
A conversa com McCarthy
«Falei com ele esta semana e disse-lhe que não tinha qualquer problema com ele. Disse-lhe também que poderia ajudá-lo a melhorar o seu rendimento e a voltar a ser o McCarthy que marcava muitos golos. Acredito que ele pode ser o melhor avançado e disse-lhe que gostaria que ele ficasse cá. Espero que ele fique.
Quanto a sair? Se tiver uma proposta do Inter, do Milan ou do Manchester United. Mas o F.C. Porto é uma equipa de top. A verdade é que não teve uma boa época e penso que pode jogar ainda melhor»
Sobre a disponibilidade de Anderson
«Anderson é um jogador muito jovem e ainda tem de aprender muito. Não é um grande problema que chegue mais tarde, porque temos vários jogadores para o lugar de número 10. Quanto mais depressa chegar, melhor para ele, porque mais depressa começa a aprender com os mais velhos»
O estágio na Holanda
«Tenho de conhecer os meus jogadores. Quero ver o potencial deles. Posso ver muitos DVDs ou ouvir muitas informações, mas nada como ver com os meus próprios olhos para poder tirar conclusões.
Vou vê-los durante três semanas e depois terei de reduzir o grupo de trabalho para 24, mo máximo 25. Depois de apenas uma semana é difícil tomar decisões, até porque temos feito muito trabalho físico. Depois do estágio e dos jogos na Holanda será mais fácil tomar decisões. Todos estão muito motivados.»