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quinta-feira, setembro 28, 2006

113 anos de história

Hoje comemora-se o 113º aniversário do Futebol Clube do Porto. Parabéns ao clube e a todos os seus adeptos.

Shame on you!


Arsenal  2   -   0  FC Porto


Escrevo estas palavras dois dias depois do jogo. Confesso que tentei editar um post antes, mas não consegui na altura exprimir exactamente dada a frustração que sentia.

Desde a última deslocação a Milão, frente ao Inter e com Couceiro a treinador, que não via uma exibição europeia tão pobre e medíocre do FC Porto. O treinador inventou e os jogadores não corresponderam.

Perder com o Arsenal não é assim tão grave, dir-me-ão alguns. Afinal de contas é uma grande equipa com grandes jogadores como Rosicky, Van Persie ou Henry. O grave aqui foi a maneira como se perdeu. A forma como se jogou: sem garra e com medo.

Estamos a perder algum do prestígio que ganhámos com a conquista da Champions. Estes últimos anos têm sido um verdadeiro desastre, senão vejamos: em 2000/01 não participámos sequer na prova, no ano seguinte ficámos em último lugar do grupo. Em 2002/03 também não participámos mas ganhamos a taça UEFA e no ano seguinte a Champions, com José Mourinho. Depois, ficámos pelos oitavos de final passando a fase de grupos «à rasquinha». Na época passada, mais uma vez ficámos no último lugar do grupo. Este ano, o que virá? O que tem a SAD a dizer sobre isto? Será que, afinal, foi José Mourinho que teve o maior mérito nas vitórias do clube?

Sobre o jogo propriamente dito, não vale a pena fazer grandes comentário já que só fizemos um remate com perigo à baliza e a táctica inicial foi, no mínimo, desastrosa. Tão desastrada quanto a táctica foram as declarações do treinador no final, afirmando que foi uma exibição positiva e que deixámos uma boa imagem... quando pensava que já nada podia ser pior, é a cereja no topo do bolo.

Deixo aqui uma crónica do José Manuel Ribeiro hoje n'O Jogo. Para reflectir.

Liga dos Campeões é para homens
Os jornais de ontem têm todos razão. Com que fundamento havemos de ser compreensivos, se o que distancia FC Porto/Benfica de Arsenal/Manchester é apenas o orçamento, a qualidade de um bom número de jogadores, a experiência individual acumulada em muitas e muitas épocas de Liga dos Campeões, a estabilidade dos planteis e as dezenas de títulos que Wenger e Ferguson somam em conjunto? Hein? As derrotas de terça-feira foram normais. Nisso, Jesualdo Ferreira está certo. Não é anormal que Lucho, Paulo Assunção, Cech ou Pepe encontrem nestas equipas artistas melhores do que eles. Anormal é que Lucho, Assunção, Cech ou Pepe lhes estendam a passadeira, descendo eles próprios uns poucos degraus, a titubear e a largar pinguinhas na roupa interior. Só por isso, o jogo de anteontem – que não a derrota – não foi normal. E nunca poderia ter sido normal, ainda assim, a partir do instante em que Jesualdo anormalizou o onze, aos três sectores de uma vez. Nenhum escapou. Não estou a dizer que fez mal ou bem; constato a anormalidade que veio antes do resultado normal. Jesualdo está sempre defendido. É o quarto treinador seguido a levar com a delicadeza excessiva dos jogadores nas duas primeiras jornadas da Liga dos Campeões. O outro ponto comum a essas quatro equipas era a ignorância maioritária de quase todos os elementos a respeito das particularidades reais da principal prova de clubes do Mundo. No caso de Adriaanse e de Jesualdo, treinadores incluídos. Pode nem ter a ver com táctica. Talvez seja só uma questão de aprender nestas poucas semanas o que se diz ao Pepe antes de o pôr diante de um Henry qualquer. “Tem muito cuidado com ele” ou “quem é esse gajo à tua beira?”


Ficha do Jogo

UEFA Champions League 2006/07 (Grupo G – 2ª jornada)
Emirates Stadium, em Londres

Árbitro: Stefano Farina (Itália)
Assistentes: Alessandro Stagnoli e Giorgio Niccolai
4º árbitro: Paolo Tagliavento

ARSENAL: Lehmann; Eboué, Touré, Gallas e Hoyte; Gilberto, Fabregas e Rosicky; Hleb, Henry «cap.» e Van Persie
Substituições: Van Persie por Ljungberg (74m), Hleb por Walcott (86m) e Gallas por Song (90m)
Não utilizados: Almunia, Júlio Baptista e Adebayor
Treinador: Arséne Wenger

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Ricardo Costa «cap.»; Paulo Assunção, Lucho González e Cech; Quaresma, Hélder Postiga e Anderson
Substituições: Ricardo Costa por Raul Meireles (46m), Hélder Postiga por Lisandro Lopez (46m) e Anderson por Adriano (65m)
Não utilizados: Vítor Baía, Tarik, Fucile e Jorginho
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Henry (37m) e Hleb (47m)
Disciplina: Cartão amarelo a Ricardo Costa (37m), Rosicky (64m) e Gilberto (87m)

MST: Onde acaba a liberdade

«1. Parece que Scolari, ou Madail, ou alguém da «família da Selecção», não gosta da forma excessivamente livre ou independente do jornalista da RTP Carlos Daniel relatar e comentar os jogos da Selecção (suponho que não se possa dizer, por exemplo, que o Ricardo sofreu três golos por entre as pernas, contra a Dinamarca, porque o Ricardo é o melhor guarda-redes do mundo e está acima de qualquer critica). Parece que também não gostam do programa da RTP «Trio de Ataque», apresentado igualmente por Carlos Daniel e que é, a milhas de distância, o melhor programa do género na televisão portuguesa, em que três homens cultos, inteligentes e independentes, falam livremente sobre futebol sem ter de falar «futobolês» nem prestar vassalagem aos senhores feudais do nosso futebol. Demasiados contras para certas sensibilidades, saudosas dos tempos em que Suas Excelências falavam e os outros calavam e obedeciam. Vai daí, e ao contrário do que foi oficialmente desmentido, a Federação pressionou a RTP (que tem o exclusivo da transmissão dos jogos da Selecção), e a RTP calou o Carlos Daniel, sem lhe dar sequer conhecimento prévio. Deve ser agora uma questão de tempo até calar também o «Trio de Ataque». Eis-nos de volta aos bons velhos tempos da «Pátria somos nós» — para utilizar o ridículo título do «livro» daquele pobre pateta chamado Afonso Melo, que, tendo-se prestado a tudo (fazer de «gauleuter» nas conferências de imprensa da Selecção, sabujar Scolari e insultar, a mando, os «anti-patrióticos críticos» da Selecção) conseguiu, mesmo assim, ver dispensados os seus obsequiosos serviços. Que fique estabelecido para todos os prudentes: a Selecção é sagrada, Madail é um génio, Scolari é infalível e a Pátria não se discute. Como dizia o outro.

2. Se fosse eu a escolher, o F.C. Porto entraria hoje no Estádio dos Emirates, contra o Arsenal, em 4x2x2x2, com a seguinte composição: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pepe e Cech; Paulo Assunção e Raul Meireles; Lucho e Anderson; Quaresma e Lisandro. Mas, com esta ou outra escolha, confesso a minha falta de optimismo para este jogo. Em minha opinião, o FC Porto tem equipa que chegue e baste para Portugal, não a tem para a Europa — como se viu bem contra o CSKA. Esta equipa tem cinco grandes jogadores e um génio; depois, tem mais uns três jogadores razoáveis e todos os restantes são banais. É uma equipa desequilibrada, com falta de bons jogadores em lugares fulcrais e falta de um banco à altura. A este propósito, mais uma vez constato, e contesto, uma politica de aquisições (apesar de tudo, este ano, comedida, em comparação com os anos anteriores), em que se compram sete ou oito jogadores novos e nenhum deles é titular. Não seria melhor politica comprar só dois que fossem mesmo reforços? Por mais que Jesualdo Ferreira insista em contrariar a ideia de que a equipa está crescentemente dependente do génio e inspiração do miúdo Anderson (e nem ele pode fazer outra coisa...), a verdade é que, como ainda este fim-de-semana se viu, sem o Anderson em campo, o F.C. Porto pode estar horas a tentar marcar um golo a um Beira-Mar, sem o conseguir. Nas bancadas do Dragão comenta-se que o miúdo não vai ficar ali muito tempo, até porque o F.C. Porto já não terá nem metade do seu passe, tendo vendido recentemente 10% a um daqueles «empresários» que por lá parasitam. Não sei se será verdade ou não, mas obviamente não tenho grandes dúvidas que este génio que está a despontar na relva do Dragão não ficará lá tempo suficiente para chegarmos a ter saudades: está condenado a passar por nós como um cometa, em direcção ao céu infinito. Espero, ao menos, que, quando for vendido o que nos restar do seu passe, seja bem vendido e o dinheiro não sirva para ser desbaratado na compra de um cabaz de jogadores de segunda ou terceira linha.

3. Quando vi as imagens do presidente do Gil Vicente a ser levado em ombros na assembleia-geral do clube, vieram-me à memória idênticas imagens dos sócios do Benfica em êxtase com Vale e Azevedo, naquelas célebres assembleias-gerais com «jagunços» contratados para intimidarem os discordantes. Sabese como acabou Vale e Azevedo e os benefícios que trouxe ao Benfica. Esperem agora para ver o que António Fiúza vai fazer ao Gil, por teimosia e vaidade. Infelizmente, a democracia tem limitações: garante que a maioria elege quem quer, mas não garante que elege quem deve. Do clube e do seu presidente não tenho pena — escolheram a cama em que se quiseram deitar. Tenho pena é dos jogadores que irão para o desemprego, dos miúdos das escolas do clube que ficarão sem poder competir e da Câmara de Barcelos, que construiu um estádio novo, com dinheiros públicos, para o Gil Vicente e agora fica com mais um dos elefantes brancos do futebol em braços. Ainda há mais uma hipótese, a última, de haver juízo e sentido das realidades. Mas não sei se os advogados deixam e se o presidente não temerá perder protagonismo, recuando.

4. Não viram, não ouviram, não leram. Continuam todos em funções, sem sequer sentirem o incómodo de consciência ou a reacção de pudor de prestarem explicações públicas. Como se nada se tivesse passado, acobertados atrás da tal «legitimidade democrática». O que distingue um cavalheiro dos demais é que ele não precisa de ir a votos para ser sério, nem precisa dos votos para poder não ser sério: ou é ou não é. E o que mais falta no nosso futebol são cavalheiros: gente de honra, de palavra e de vergonha.»

Miguel Sousa Tavares, in A Bola (26/09/2006)

segunda-feira, setembro 25, 2006

Postiga desbloqueou


FC Porto  3   -   0  Beira Mar


Confesso que não vi o jogo, sobretudo pelo horário escolhido (inoportuno, diga-se), por isso decidi acompanhar o relato via TSF.

Durante os primeiro 45', o FC Porto foi uma equipa previsível, sem chama nem criatividade. Inácio veio ao Dragão para pontuar e com a lição bem estudada. Em teoria, não é difícil suster esta equipa do FC Porto, já que assenta num esquema por demais tradicional e conhecido de todos. A questão prende-se com os jogadores que entram em campo e que realmente fazem toda a diferença. Jesualdo apostou em Jorginho como distribuidor mas o brasileiro ex-Setúbal não cumpriu, Adriano também esteve longe do seu melhor e já não marca há alguns jogos. O intervalo chegou com 0-0, naturalmente, não só pela ineficácia portista mas também pela grande defesa que Hélton fez no incio do encontro.

No segundo tempo a história mudou completamente, sobretudo devido às duas alterações efectuadas por Jesualdo Ferreira: trocou Jorginho por Anderson e Adriano por Lisandro. Resultado: na «mouche». O jovem brasileiro conseguiu impôr um ritmo de jogo muito mais alto, entendendo-se às mil maravilhas com Quaresma, que rubricou no segundo tempo uma grande exibição, e com Lucho González que parece mais solto com Anderson em campo. Postiga que tinha estado um pouco apagado, também apareceu e foi decisivo já que fez o primeiro golo de uma forma espetacular conseguindo, dentro da área, libertar-se de todos os defesas que o rodeavam e com grande calma atirar para o fundo da baliza. Depois de desfeito o empate, a equipa azul e branca tornou-se imparável e rubricou uma excelente exibição. O Beira-Mar raramente criou lances de perigo e foi só uma questão de tempo até aumentar a diferença no marcador. Lisandro, oportuníssimo, marcou aos 73' e Tarik fechou a contagem aos 90'.

Um bom resultado que pode dar ânimo e confiança para a difícil deslocação a Londres.


Ficha do Jogo

Liga 2006/07 (4ª Jornada)

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 31.423 espectadores

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Árbitros assistentes: Paulo Januário e João Santos
4º árbitro: Carlos Amado

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech; Paulo Assunção; Quaresma, Lucho González «cap.» e Jorginho; Adriano e Hélder Postiga
Substituições: Jorginho por Anderson (46m), Adriano por Lisandro López (46m) e Hélder Postiga por Tarik (68m)
Não utilizados: Paulo Ribeiro, Ricardo Costa, Alan e Diogo Valente
Treinador: Jesualdo Ferreira

BEIRA-MAR: Danrlei; Jorge Vidigal, Jorge Silva «cap.», Alcaraz e Tininho; Emerson e Diakité; Wegno, Ratinho e Rui Lima; Jardel
Substituições: Ratinho por André Leão (61m), Emerson por Marco (76m) e Jardel por Jorge Leitão (78m)
Suplentes não utilizados: Alé, Buba, Torrão e Camora
Treinador: Augusto Inácio

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Hélder Postiga (54m), Lisandro López (73m) e Tarik (90m)
Disciplina: cartão amarelo a Hélder Postiga (54m), Jorge Vidigal (59m), Paulo Assunção (60m), Emerson (69m); cartão vermelho a Alcaraz (75m)

sexta-feira, setembro 22, 2006

Helton na canarinha


Helton na selecção brasileira

Parabéns Campeão!


quinta-feira, setembro 21, 2006

Convocados para amanhã

Jesualdo Ferreira divulgou a lista dos convocados que vão defrontar amanhã o Beira-Mar. A salientar a inclusão de Diogo Valente e a ausência de Vieirinha.

Guarda-redes: Helton e Paulo Ribeiro.

Defesas: Bruno Alves, Bosingwa, Ricardo Costa, Pepe e Marek Cech.

Médios: Paulo Assunção, Lucho González, Anderson, Jorginho e Diogo Valente.

Avançados: Tarik, Postiga, Quaresma, Alan, Adriano e Lisandro López.

O jogo disputa-se no Estádio do Dragão e tem início às 19:15 (horário infeliz tendo em conta que é dia de semana e com muito trânsito).

terça-feira, setembro 19, 2006

Chorões

Mais uma vez o Sporting e grande parte dos seus adeptos aproveitam um erro do árbitro para se vitimizarem e se colocarem no centro de uma cabala protagonizada pelo maléfico João Ferreira e o poderoso Paços de Ferreira (pensam que o nome é só coincidência? Nada disso!).

O clube de Alvalade continua a surpreender. É verdade que o erro é grosseiro e mais verdade é que João Ferreira é um péssimo árbitro, mas daí até ponderar a repetição do jogo vai uma grande distância. Não só a nível legal mas, sobretudo, a nível de bom senso.

Parece até que o clube do «luto» se esqueceu do escândalo ocorrido na época passada, no mesmo estádio e frente à União de Leiria quando foi anulado um golo limpinho ao clube do Liz com a bola a entrar mais de 1 metro na baliza de Ricardo. Tanto quanto me lembro, o jogo não foi repetido, e as palavras de Paulo Bento no final do encontro foram: «Não nos sentimos beneficiados em nada». Genial.

MST: O silêncio dos culpados

«1. Como já se percebeu, em termos penais, o Apito Dourado vai dar em nada: vai dar em apito encalhado, como eu escrevi logo de início. Uma vez mais, sucedeu o que já se vem tornando uma regra nos chamados processos mediáticos: a justiça avança com todo o espalhafato possível, querendo mostrar ao pagode que não recua perante os poderosos. Escudados no secretismo das investigações e no desconhecimento que os suspeitos têm sobre o valor real das suspeitas que sobre eles, os responsáveis pela instrução dos processos vivem dias de glória no seu papel de incorruptíveis justiceiros, tratando aos poucos de ir promovendo a condenação dos seus alvos junto da opinião pública, através de judiciosas fugas de informação - mais tarde investigadas pelo senhor Procurador-Geral da República, sempre para concluir que não há responsáveis, apenas os irresponsáveis dos jornalistas. Assim se vão consumindo os suspeitos em lume brando, sem possibilidade efectiva de defesa e tidos já como bandidos aos olhos da opinião pública. Mas eis que chega o momento da verdade: a instrução chega ao fim e entram em cena os advogados de defesa e os mestres especializados em vendas de pareceres jurídicos. Em breve se conclui que não há matéria efectiva para condenação em juízo e os processos são arquivados, sem que as pessoas percebam como. E este o destino mais do que provável do Apito Dourado.

Mas sobra, entretanto, o foro desportivo-disciplinar. Se as escutas não são válidas ou suficientes para obter uma condenação criminal dos implicados, ou se as provas recolhidas nada provam, resta que há, no que vem sendo divulgado, matéria mais do que suficiente para acusar disciplinarmente todos os implicados nas escutas e varrê-los a todos, sem excepção, iniciando uma vasta operação de higiene e limpeza, verdadeiro acto refundador do futebol português. Mas, como é óbvio, tal operação não será nem poderá ser levada a cabo pelos órgãos da Liga e da Federação actualmente em funções e que são, eles próprios, os principais implicados nesta geral porcaria.

Pelo que, sugiro medidas de excepção: que o governo tome posse administrativa da Liga e da Federação, que as regenere se for possível, que as extinga se for inevitável, mas que, nomeando gente séria e fora do futebol, instrua os processos que forem necessários e corra com todos os implicados de uma vez para sempre: dirigentes associativos, dirigentes de clubes, agentes, árbitros, treinadores e intermediários.

O que não é possível é continuar a escutar o silêncio ensurdecedor deste bando de cavalheiros e continuar a vê-los, impávidos, em funções, como se nada tivesse sucedido e nada tivéssemos sabido. A ver se o pau vai e vem e as costas folgam.

2. Agora, o futebol, propriamente dito. O Sporting pagou o preço da sua brilhante vitória sobre o Inter e da falta de maturidade competitiva da sua jovem equipa - tal qual como José Mourinho tinha previsto que poderia suceder e como Paulo Bento tinha também avisadamente temido. É verdade que perdeu contra o Paços de Ferreira com um golo falso e irregular, mas no jogo anterior tinha também ganho com um golo irregular. Contas feitas, perdeu um ponto em Alvalade e ganhou dois na Madeira: o saldo ainda é positivo.

O Benfica ganhou como habitualmente, quando ganha: sem talento e sem garra. Na Dinamarca, jogando para a Champions contra uma equipa menor, Fernando Santos cometeu o erro de declarar previamente que o empate já não era mau. E os jogadores tomaram-no à letra, com uma exibição confrangedora de falta de ambição e coragem. Ficaram todos muito aliviados por não terem perdido, mas, ou muito me engano, ou vão pagar caro este empate.

O FC Porto de Jesualdo vai em três vitórias tranquilas nos três jogos feitos para o campeonato e um empate comprometedor no mais importante dos desafios: o da Champions, contra o CSKA. Teve azar neste jogo, desperdiçando suficientes oportunidades para ter ganho, mas não disfarçou nunca a falta que faz McCarthy ou um ponta-de-lança para jogos a sério, e deu sempre a sensação de ser uma equipa vulgar arrastada por um génio, o miúdo Anderson.

A meu ver, Jesualdo Ferreira é um homem sério, inteligente e que sabe de futebol. Gosto da atitude dele fora do campo, incluindo o mau humor que lhe atribuem. Mas falta-lhe o teste de fogo de ganhar com um grande. E, quando digo ganhar, não é ganhar o campeonato nacional, porque isso qualquer um pode conseguir à frente do FC Porto. Ganhar é ganhar o respeito da Europa, ultrapassar a fase de grupos da Champions, pôr a equipa a jogar um futebol que leve gente ao estádio, estar atento aos novos valores e dar à equipa uma verdadeira atitude de campeão. Compreendo e acho inteiramente legítimo que ele ainda esteja na fase de conhecer os jogadores e só por isso não é urgente tentar dizer-lhe desde já que, por exemplo, ele não vai a lado nenhum na Europa com o Bruno Alves a central e o Hélder Postiga na frente: a seu tempo, sem dúvida que o perceberá por si. Para já, o mais preocupante é a estranha onda de lesões que já pôs no estaleiro jogadores importantes como o Pedro Emanuel, o Ibson, o Raul Meireles ou o Bruno Moraes, e a extrema dificuldade, que já vem de Adriaanse, de a equipa conseguir chegar ao golo contra adversários que se fecham e defendem bem.

3. Jogo após jogo, vou cimentando a minha opinião, manifestada logo após o primeiro jogo que lhe vi fazer: este gauchinho do Anderson, a menos que alguma coisa de muito má e muito estranha lhe aconteça, está destinado a vir a ser um dos melhores jogadores do Mundo, não tarda nem um par de anos. E, se dúvidas houvesse, aí está já o baile dos vampiros voando sobre a sua cabeça para ficarmos esclarecidos. E lá vamos nós, portistas, viver a habitual saga que já conhecemos do Jorge Andrade, do Ricardo Carvalho, do McCarthy ou do Deco: cada vez que há um fora de série na equipa, ninguém nos dá tréguas, no desejo expresso de o ver rapidamente pelas costas, exportado à primeira oferta. Mas, neste caso, ficaria bem um pouco de pudor: o miúdo tem só 18 anos, chegou há apenas um ano e foi preciso esperar seis meses para que começasse a jogar. Dêem-lhe ao menos tempo de aquecer a camisola e não o queiram ensinar já a transformar-se num mercenário!»

Miguel Sousa Tavares, in A Bola (19/09/2006)

segunda-feira, setembro 18, 2006

Lembras-te?




slb 0 x FCP 5
18/09/1996


Juntaram-se à festa: Pobo do Norte,O Dragão, Portogal, Blog do Lucho, Apre, Curva, Blog do Gil, Barbeiros, Bibó Porto Carago, Dragalhadas do Dragão, Tapirus, Azul e Branco, Sou Portista com Orgulho, O Cafajeste, Óculos Azuis e Brancos.

domingo, setembro 17, 2006

Em primeiro, para variar


Naval 1º Maio  0   -   2  FCP


O F.C. Porto isolou-se, provisoriamente, na liderança da Liga 2006/07, ao conseguir a terceira vitória consecutiva na competição. No jogo da 3ª jornada, que disputou este domingo, na Figueira da Foz, os Campeões Nacionais venceram de forma tranquila a Naval por 2-0, conjunto que ainda não tinha conhecido o sabor da derrota na prova. O triunfo assenta bem ao Dragão que dominou desde o primeiro instante, cumprindo o desígnio de resolver rapidamente a partida.

Com um desenho táctico semelhante ao apresentado nos dois encontros anteriores, Jesualdo Ferreira promoveu duas alterações em relação ao desafio com o CSKA de Moscovo. Hélder Postiga e Cech a ocuparam os lugares de Ezequias e Tarik na ala esquerda do Dragão. Os corredores laterais foram, de facto, o sector privilegiado para lançar a ofensiva sobre a equipa de Rogério Gonçalves.

Se aos 5 minutos, um passe de Lucho rasgou, como de papel se tratasse, a defensiva da Naval. Bosingwa sobre a linha recebeu e cruzou com muito perigo. Só por muito pouco o esférico não encontrou Hélder Postiga. O primeiro aviso estava dado. O primeiro golo surgiu 5 minutos depois. Ricardo Quaresma, após uma recuperação dos Campeões Nacionais, partiu em drible, flectiu para o centro desembaraçando-se de vários adversários e descobriu Cech desmarcado sobre a esquerda, que rematou cruzado para o primeiro tento da partida. Uma jogada de excelente envolvimento do ataque portista, que confirmava o bom início dos azuis e brancos.

À tentativa de resposta da Naval, que procurou subir no terreno e levar perigo para a baliza de Hélton, o F.C. Porto respondeu no momento certo. Após, um cruzamento da formação figueirense para a área portista, Hélton lançou o contra-ataque de Bosingwa que, depois de uma corrida desenfreada em que passou por China e Gilmar, fez o centro para o auto-golo de Mário Sérgio. Velocíssimo este contra-ataque, com destaque para Bosingwa que conseguiu cruzar fora do alcance de Taborda. O final da primeira parte terminou com forte ascendente dos Dragões que, por mais de uma vez, estiveram perto do terceiro golo.

Na segunda parte, o jogo foi disputado de forma mais lenta. Se na frente do ataque azul e branco Adriano, Postiga e Quaresma iam trocando constantemente de posição, Rogério Gonçalves apostava na entrada de Tony e Saulo para os lugares de Fajardo e Pedro Santos. Momentos depois, foi Jesualdo Ferreira a lançar Jorginho para o lugar de Adriano e, posteriormente Lisandro para substituir Postiga. Já perto do final Vieirinha rendeu Anderson.

Porém, e apesar das alterações, o ritmo de jogo nunca atingiu os níveis dos primeiros 45 minutos. Com o passar do tempo, a formação da casa foi-se resignando face ao maior domínio e superioridade do F.C. Porto, que venceu com toda a justiça.


Mais e Menos

+ Quaresma Esteve endiabrado. Nem sempre conseguiu fazer o que queria, é certo, mas criou muitos lances de perigo para a Naval.

+ Cech Apoiou o ataque sempre que pôde e defendeu muito bem. Para coroar a exibição, nada melhor que um grande golo.

- Anderson Não esteve ao nível dos jogos anteriores. Terá sido pelas últimas notícias? Cansaço?

- Adriano Não foi decisivo nem conseguiu dar o melhor seguimento a lances de perigo criados pelas alas.


Ficha do Jogo

Liga 2006/07 (3ª jornada)

Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
Assistentes: Valter Oliveira e Luís Tavares
4º Árbitro: Francisco Bizarro

NAVAL: Taborda; Mário Sérgio, Paulão, Gaúcho e China; Orestes, Gilmar e Pedro Santos; Fajardo, Nei e Lito
Substituições: Fajardo por Tony (53m), Pedro Santos por Saulo (53m) e Gaúcho por Cazarine (72m)
Não utilizados: Wilson, Carlitos, Tiago Fraga e Leo Guerra.
Treinador: Rogério Gonçalves

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Cech; Paulo Assunção, Lucho e Anderson; Quaresma, Adriano e Postiga
Substituições: Adriano por Jorginho (65m), Postiga por Lisandro (72m), Anderson por Vieirinha (78m)
Não utilizados: Paulo Ribeiro, Ricardo Costa, Tarik e Fucile
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Cech (10m) e Mário Sérgio (28m, p.b.)
Disciplina: Cartão amarelo a Tony (67m), Gilmar (73m) e Bosingwa (86m)

sexta-feira, setembro 15, 2006

Interesses

Duas capas na mesma semana. O Jogo anuncia que Barcelona e Chelsea «seguem» Anderson, o craque dos Dragões. Será que ganham comissão com a transferência? Deixem o puto jogar, sem pressões.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Merecia mais


FC Porto  0   -   0  CSKA Moscovo


O regresso do F.C. Porto às noites europeias não foi assinalado com golos, mas a exibição, pontuada por uma série de oportunidades que passaram muito perto do objectivo, bem que o justificou. Akinfeev, o guarda-redes russo, revelou-se um obstáculo enorme, mas as ambições portistas saem intactas da estreia, que promete bem mais do que o conseguido.

Mesmo que pontualmente ponderado, sabendo que defrontava um adversário concebido e posicionado como uma máquina de contra-ataque, o F.C. Porto não perdeu tempo para assumir a iniciativa, procurando atar o opositor russo a preocupações defensivas, sugeridas repetidamente por movimentações rápidas, apoiadas por uma prática circulação de bola e por frequentes deambulações nas alas.

Apesar da renitência moscovita, a equipa de Jesualdo Ferreira cedo definiu as regras, dispensando a subscrição adversária. Mesmo sem acordo ou negociações, o jogo estava fadado a disputar-se bem mais perto da baliza de Akinfeev, que, aos 15 minutos, incrédulo e atado de pés e mãos, assistiu ao tremor violento do poste direito, que acabara de ser atingido por um remate de Anderson.

Ensaios e ameaças repetiram-se, então. O mesmo Anderson, numa iniciativa individual, surpreenderia o estádio e a defesa russa, num notável lance concluído com um remate cruzado, que, contudo, não atingiu o alvo, o que sucederia com as sucessivas tentativas de Adriano, que voltaram a aproximar o F.C. Porto do golo.

Intimidado, comprimido como uma mola que procura libertar-se da pressão, o CSKA respondia com dificuldade, num contragolpe que tinha Vagner Lover como destino mais do que provável e sem consequências para Helton, a quem parecia reservada a condição de mero espectador.

Preservando a postura dominadora, Jesualdo Ferreira trocou de intérpretes, acentuando uma disposição marcadamente ofensiva com as entradas de Hélder Postiga, Alan e Lisandro Lopez. Procurava, com as alterações, ampliar alternativas e incrementar velocidade, que mantiveram Akinfeev como vizinho próximo do ataque portista.

Anderson voltaria a estar na génese dos lances mais prometedores, daqueles que mantinham a defesa russa em sobressalto, mas seria Lucho González, já aos 80 minutos, quem mais se acercaria do golo, chegando a estar cara-a-cara com o guarda-redes da equipa moscovita.

Nos últimos instantes da partida, o ímpeto portista seria travado por uma estratégia que deixava bem claro o quanto o empate servia os intentos russos. Para além de descaradas perdas de tempo, Gazzaev reservou duas substituições para os três últimos minutos. Ainda assim, Lisandro Lopez esteve perto de levantar o estádio no grito mais aguardado da noite, mas guarda-redes russo, para não variar, não o permitiu, em mais uma defesa arrojada.

(texto retirado de www.fcporto.pt)


Ficha do Jogo

UEFA Champions League - Grupo G (1ª jornada)

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Tom Henning Ovrebo (Noruega)
Árbitros assistentes: Erik Raestad e Geir Age Holen
4º árbitro: Per Ivar Staberg

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Ezequias; Lucho González, Paulo Assunção e Anderson; Tarik Sektioui, Adriano e Quaresma
Substituições: Tarik Sektioui por Hélder Postiga (46m), Quaresma por Alan (60m) e Adriano por Lisandro Lopes (70m)
Não utilizados: Vítor Baía, Ricardo Costa, Fucile e Jorginho
Treinador: Jesualdo Ferreira

CSKA MOSCOVO: Akinfeev; Ignhashevic, Semberas, Aleksei Berezutski e Zhirkov; Rahimic; Krasic, Aldonin e Dudu; Vagner Lover e Daniel Carvalho
Substituições: Vagner Love por Olic (75m), Dudu por Vassili Berezutski (87m) e Daniel Carvalho por Gusev (89m)
Não utilizados: Mandrykin, Taranov, Grigoriev e Gorelov
Treinador: Valeriy Gazzaev

Disciplina: Cartão amarelo a Rahimic (35m), Dudu (50m) e Zhirkov (46m)

terça-feira, setembro 12, 2006

MST: Zangam-se as comadres, soa o apito

«Há mais de ano e meio que uma vasta legião de jornalistas, comentadores e dirigentes desportivos vivem agarrados ao Apito Dourado como bóia de salvação capaz de lhes trazer, servida numa bandeja, a única conclusão e a única "verdade" que ansiosamente esperam: a "prova" de que a hegemonia do FC Porto, nas últimas duas décadas do futebol português, tem uma única razão de ser - a compra dos árbitros, É por isso, segundo o seu esperançoso discurso, que o FC Porto ganha bem mais e mais vezes que os seus rivais do sul.

Em vão lhes foram constante mente fornecidos motivos de reflexão para outras razões possíveis, que eles desprezaram sempre, porque reconhecer o mérito alheio seria reconhecer o demérito próprio. Foi e é inútil argumentar com outro tipo de razões lógicas. Por exemplo, que se os árbitros (e, aparentemente, todos eles) se dispõem a vender os seus bons ofícios ao FC Porto, é natural que também o façam com os outros clubes. Por exemplo, que é difícil de perceber como é que um clube que só ganha internamente graças a batota, conseguiu ser, no espaço de dezasseis anos, duas vezes campeão da Europa e do Mundo, juntando ainda uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia ao rol dos seus triunfos internacionais. Por exemplo, que é difícil aceitar a batota como única razão para a supremacia portista, quando, uns após outros, jogadores e técnicos, portugueses e estrangeiros, que ,têm passado pelo FC Porto são unânimes em elogiar a sua superior organização, profissionalismo e atitude competitiva, em comparação com os seus rivais. Ou, por exemplo, que é difícil .perceber como é que o FC Porto conseguiria exercer tão duradouramente tal poder subterrâneo, quando há vários anos se encontra afastado de todos os órgãos de decisão que integram a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de Futebol - que são os órgãos onde se decide as nomeações de árbitros, as suas classificações e punições disciplinares. Enfim, como é que alguém de boa-fé pode sustentar que é por batota que o FC Porto ganha e os outros não, quando todos temos, semanalmente, acesso a todos os jogos dos "grandes" e o que vemos é demasiado evidente para poder ser explicado por "razões ocultas". Depois de ver jogar o Benfica no Bessa, este sábado, alguém acredita que é por falta de "transparência" e de "rigor" que o Benfica é a desilusão continuada que tem sido?Alguém se lembra quando foi o último ano que o Benfica teve uma equipe de categoria, a jogar um futebol de categoria?

A muita gente, incapaz ou incompetente, que tem dirigido os destinos do Benfica e do Sporting dava muito jeito convencer o pagode que só razões extrafutebol é que explicam os seus fracassos e os sucessos portistas. O Apito Dourado - um processo mal instruído e mal amanhado desde o início, construído mais para os jornais do que para os tribunais, como é hábito entre nós - foi a tábua de salvação a que se agarraram para provar a sua razão. E, mesmo quando os primeiros indícios recolhidos e as primeiras fugas do processo começaram a revelar, sem margem para dúvidas, que o grande implicado do processo era o sócio benfiquista na Liga, o major Valentim Loureiro, as esforçadas almas benfiquistas não pararam de alimentar a lenda e a "verdade" de que tudo se resumia às tropelias de Pinto da Costa e do FC Porto.

Para não dizerem que não disse, anotem bem que eu não considero nem normal, nem aceitável que se corresponda ao pedido de um árbitro que queria os serviços de uma prostituta ou que o presidente de um clube receba em sua casa, para um "cafezinho", um árbitro que daí a dias vai dirigir um jogo do seu clube. Penso que ambas as coisa deveriam ser investigadas e punidas, no foro disciplinar, mesmo que arquivadas no foro criminal, como foram, embora também não possa presumir a má-fé de Pinto da Costa, quando disse em depoimento que a visita do árbitro a sua casa foi inconveniente e não desejada por si, e embora também não seja tão ingénuo que não saiba ou não desconfie que os serviços sexuais aos árbitros ou as jantaradas de mariscos em restaurantes são urna prática habitual e disseminada por todos os clubes. Mas se os processos contra o FC Porto foram arquivados pelo Ministério Público é porque desde o início, como aqui escrevi, não se fez prova de duas coisas essenciais: nexo de causalidade e o móbil do suposto "crime". Ou seja, não se provou, antes pelo contrário, que aqueles árbitros tivessem beneficiado o FC Porto naqueles jogos. E, como era evidente, entendeu-se que era impossível demonstrar em tribunal, apenas com base na opinião dos benfiquistas ou sportinguistas, que o FC Porto de 2003-4, que era de longe a melhor equipa portuguesa de então, que jogava um futebol de encher o olho, treinada pelo melhor treinador português de sempre, que viria a ganhar o campeonato com mais de dez pontos de avanço sobre os seus rivais imediatos e viria a ser campeã da Europa, precisava de subornar os árbitros para ganhar em casa ao Estrela da Amadora ou fora ao Beira-Mar. Mas foi essa lenda que se alimentou durante ano e meio, através de "fugas" criteriosas do processo e extractos seleccionados das escutas telefónicas.

Sempre me perguntei porque é que ninguém falava de outros clubes e outras épocas, ainda mais recentes e pertinentes - como a época de 2004-5, em que o Benfica, sem jogar absolutamente nada, conseguiu ser campeão e entrar para o Guiness, através da proeza de, nos últimos dez jogos da época, marcar golos sempre e exclusivamente de "penalty" ou de livre à entrada da área, quase todos duvidosos e alguns escandalosos.

Mas eis que rebenta uma súbita zanga de comadres entre os sócios da Liga. Com Valentim Loureiro a negociar a sua própria sucessão na Liga, de forma a ficar com um pé dentro e o Benfica com os dois fora, a sociedade Benfica-Boavista estilhaçou-se e a mostarda subiu ao nariz do presidente do Benfica, e com razão. E, vai daí, começou ele a falar, dia sim, dia sim, do Apito Dourado, até que o Diário de Notícias de quarta-feira escarrapachava as escutas feitas à família Loureiro - cujo teor, não sendo logo integralmente desmentido, justificaria, se houvesse um pingo de vergonha, que eles se demitissem de todos os cargos que exercem nas horas seguintes.

E, sexta-feira, no Público, veio a vingança, Luís Filipe Vieira apanhado por tabela numa escuta feita a Valentim Loureiro, a escolher, sem pudor, o árbitro para uma meia-final da Taça e a dizer coisas tão sugestivas como "não quero mais esquemas nem quero falar muito" ou "não me quero chatear com isto porque eu estou a fazer isto por outro lado". Enfim, como ele próprio disse sem se rir, uma conversa que "revela o estado de espírito de um homem que pugna pela transparência e pelo rigor".

Mas o mais irónico ainda, é que a seguir o Público revelava uma conversa entre Pinto de Sousa e Pinto da Costa, que alguns bem intencionados se apressaram a declarar idêntica à conversa entre Loureiro e Vieira. Com estas diferençazinhas: enquanto Vieira recusava o árbitro indicado para o seu jogo, Pinto da Costa era confrontado com a recusa do árbitro por parte do adversário - o União de Leiria; enquanto que Vieira, a seguir, recusava mais quatro nomes indicados por Loureiro (nem ele nem a Liga tinham competência para escolher o árbitro dum jogo da Taça...) até aceitar o quinto, Pinto da Costa sugeria ao seu interlocutor um nome de consenso, a seguir propunha-lhe que escolhesse quem tivesse sido o melhor classificado e, finalmente, que escolhesse quem quisesse, que ele aceitaria qualquer um. E só para completar a história; nessa meia-final da faça de 2004, o FC Porto apanhou um dos dois árbitros que mais o prejudicam habitualmente e, na final contra o Benfica, apanhou o outro - e ganhou o Benfica, sem justiça alguma,

Pois é, o Apito Dourado transformou-se em "Apito Desgovernado" e agora apita em todas as direcções, E cada vez menos na direcção programada.»

Miguel Sousa Tavares, in A Bola (12/09/2006)

segunda-feira, setembro 11, 2006

Sem espinhas


Estrela da Amadora  0   -   3  FCP


O FC Porto deslocou-se ao Estádio da Luz, casa emprestada pelo Benfica ao Estrela da Amadora e venceu por 3-0. Foi um triunfo que acabou por ser fácil mas que podia ter sido resolvido mais cedo, não fosse alguma falta de eficácia no último terço do terreno.

Jesualdo Ferreira cumpriu o que tinha prometido: acabar com o sistema de Adriaanse e voltar ao 4-3-3 clássico com Bruno Alves e ser o central escolhido, Meireles, Lucho e Anderson formavam o trio no meio-campo enquanto Tarik e Lisandro nas alas tentavam municiar um Adriano desinspirado. O sacrificado com a mudança foi Paulo Assunção que ficou no banco de suplentes.

Desde o início ficou claro quem mandava no jogo, o FC Porto dominou sempre e não deixou o Estrela acercar-se da sua baliza. Apesar do domínio no jogo, o mesmo não se traduziu em golos durante a primeira parte apesar de algumas boas jogadas a começar com Anderson que trocou as voltas ao defesa e rematou fora do alcance do guarda-redes mas a bola bateu caprichosamente no poste e não entrou. Adriano também teve algumas boas chances mas não conseguiu nunca aproveitá-las.

No segundo tempo Jesualdo trocou Lisandro por Postiga e as coisas foram diferentes. O avançado português procurou mais a bola em zonas interiores e desequilibrou a defensiva do Estrela. Aos 54 minutos, Postiga escapa pela direita e cruza para a àrea e Rui Duarte, pressionado por Adriano, tenta cortar o lance mas acaba por introduzir a bola na sua prórpia baliza. Estava feito o primeiro.

O Estrela ainda reagiu, mas o Porto nunca deu grandes chances, trocando sempre a bola muito bem e criando algumas situações de perigo sobretudo por Anderson e Lucho, que esteviveram muito bem. Exemplo disso foi um passe soberbo do jovem brasileiro, junto da linha esquerda para a entrada da área onde estava Lucho que amorteceu de cabeça para Adriano e este, isolado, não conseguiu desviar de Paulo Lopes. Adivinhava-se um golo mais cedo ou mais tarde.

Aos 81', Raúl Meireles torna-se no homem do jogo ao apontar um grande golo. Recebe a bola no meio campo, avança um pouco no terreno e a mais de 30 metros dispara um potente remate bate ainda no travessão e entra na baliza não dando qualquer hipótese ao guarda-redes. O momento do jogo.
Até final, foi ver um Estrela já a jogar mais com o coração do que com a razão e um Porto mais descontraído mas sempre à espreita de mais um golo, que chegou já perto do fim através de um contra-ataque. Anderson isola-se e na cara do guarda-redes oferece o golo a Lucho González. Tudo muito simples.

A equipa parece entender-se nos esquemas de Jesualdo mas como é normal falta ainda alguma rotina que se adquire com o tempo. Vem aí o primeiro teste internacional frente ao CSKA, no Estádio do Dragão. Espero que o haja uma grande enchente, que o público apoie sempre a equipa e, claro, que o grande FC Porto ganhe!


Mais e Menos

+ Anderson O «puto» está a dar cartas. Joga simples e para a equipa. Com 18 anos é sem dúvida um dos pilares desta equipa. Com ou sem observadores da canarinha.

+ Raúl Meireles Grande golo a coroar uma boa exibição no meio-campo portista. Mais uma, portanto.

+ Hélder Postiga Foi a aposta de Jesualdo para o segundo tempo. Foi dos mais activos em campo e foi dos pés dele que surgiu o passe para o primeiro golo.

- Ibson Azarado. Entrou em campo determinado a fazer um bom jogo mas acabou por sair poucos minutos depois com uma lesão que pode ser preocupante. Não merecia.


Declarações

Jesualdo Ferreira (FC Porto)

«De uma forma geral estou satisfeito. Os jogadores estiveram bem e interpretaram na globalidade aquilo que era mais importante em relação ao sistema táctico. Tivemos oportunidades para ir para o intervalo a vencer. Depois reajustámos a estrutura e ganhámos com toda a justiça. Ganhar este jogo representa um acréscimo de confiança antes de um desafio importante na UEFA Champions League, com o CSKA. Ganhámos com tranquilidade. É preciso ter em conta que o adversário jogou fechado, com muitos jogadores atrás da linha da bola, o que dificulta na hora de imprimir ritmo e velocidade ao jogo. Procurámos pressionar pelas alas. Na segunda parte as alterações saíram bem e vencemos com naturalidade. Parabéns aos jogadores. Penso que temos tempo suficiente para estar fisicamente bem no jogo com o CSKA»


Ficha do Jogo

Liga 2006/07 (2ª jornada)

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Elmano Santos (Madeira)
Assistentes: Sérgio Serrão e Luís Salgado
4º árbitro: Hugo Miguel

ESTRELA DA AMADORA: Paulo Lopes; Tony, Wescley, Carreira «cap.» e Amoreirinha; Luís Loureiro, Marco Paulo, Tiago Gomes e N’Diaye; Dário e Cleiton
Substituições: Luís Loureiro por Rui Duarte (51m), N’Diaye por Moses (61m) e Dário por Paulo Sérgio (70m)
Não utilizados: Pedro Alves, Sérgio Marquês, Rui Borges e Jaime
Treinador: Daúto Faquirá

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Cech; Raul Meireles, Lucho González «cap.» e Anderson; Tarik, Adriano e Lisandro Lopez
Substituições: Lisandro Lopez por Hélder Postiga (46m), Tarik por Ibson (67m) e Ibson por Paulo Assunção (81m)
Não utilizados: Vítor Baía, Ricardo Costa, Jorginho e Alan
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Rui Duarte (54m, na p.b.), Raul Meireles (81m) e Lucho González (88m)
Disciplina: Cartão amarelo a Raul Meireles (73m), Rui Duarte (80m) e Tony (89m)

sexta-feira, setembro 08, 2006

Apito Dourado: Luís Filipe Vieira apanhado a escolher árbitro

Depois da indignação, vem a verdade.

Luis Filipe Vieira apanhado nas escutas do Apito DouradoAs escutas do processo «Apito Dourado» revelam que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, esteve envolvido directamente na escolha do árbitro do jogo das meias-finais da Taça de Portugal da época de 2003/2004 em que o Benfica ganhou ao Belenenses por 3-1, informa hoje o Público.

O jogo foi dirigido por João Ferreira, de Setúbal, depois de a sua escolha ter sido negociada entre Valentim Loureiro e o presidente dos encarnados ao telefone.

Ao que o jornal apurou, nessa conversa, Luís Filipe Vieira queixou-se do facto de o árbitro nomeado para o jogo já não ser Paulo Paraty, conforme havia sido anunciado por Pinto de Sousa, na altura presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, a um advogado com ligações ao Benfica.

O Público refere que a discussão foi acesa, com Valentim Loureiro a esforçar-se por apaziguar os ânimos do dirigente e sugerir-lhe nomes de árbitros para substituir Paraty.

Vieira acabou por recusar o nome de quatro internacionais. A solução acabou por ser João Ferreira, o árbitro que apita no sábado a estreia do Benfica na Liga, num jogo com o Boavista no Bessa.


Notícia completa no Público

terça-feira, setembro 05, 2006

MST: O senhor que se segue

«Parece óbvio que o Boavista não pode ceder ao raide lançado pelo FC Porto sobre o seu treinador. Ceder seria um sinal de fraqueza e submissão, para além de um problema criado a poucos dias de começar o campeonato — criado ao vizinho e herdado deste. E, se João Loureiro não pode ceder, Pinto da Costa não pode forçar, sob pena de transformar um problema interno numa crise externa. Mas estes raides dos grandes sobre os pequenos ou médios causam sempre mossa, seja qual for o desfecho: se sair para o FC Porto, Jesualdo Ferreira abre uma crise entre os dois clubes que demorará muito tempo a sarar; se ficar, tendo já dado mostras suficientes de que queria sair, dificilmente terá ambiente no Bessa — a menos que comece a ganhar tudo e não pare durante três meses. Para este imbróglio a solução é imprevisível e jamais será boa. Compreende-se a tentação do FC Porto relativamente a Jesualdo. É tarde de mais para buscar quem, vindo do estrangeiro, consiga pegar numa equipa de tal maneira marcada pelo sistema de jogo e estilo de condução de Co Adriaanse. A única solução de recurso nesta emergência é, de facto, procurar quem, em Portugal, conheça o FC Porto fabricado por Adriaanse e se disponha a fazer uma transição lenta, gradual e de bom senso. Facto é que pela segunda vez em três inícios de época o FC Porto vê-se sem treinador, à beira de começar o futebol a sério. E, desde que Mourinho saiu, há dois anos, vai avançar o quinto treinador, não já para continuar a sua herança, porque dela já não resta nada, mas para tentar recolocar os portistas no lugar que a categoria da equipa e o seu historial recente justificam.

Depois do disparate Del Neri, das soluções de emergência falhadas de Fernandez e Couceiro, depois da aventura vivida com Adriaanse, é mais do que tempo de a direcção do FC Porto acertar na escolha do treinador. Ou então talvez seja tempo para ensaiar uma experiência radical, de deixar tudo entregue a Rui Barros mais um bom preparador físico e pedir-lhes, simplesmente, que não compliquem o que é evidente. Para mim, pessoalmente, seria a ocasião para ensaiar uma teoria que há muito alimento: que, tirando casos excepcionais como José Mourinho, de treinadores que, de facto, acrescentam valor à equipe, na maioria dos casos os restantes só servem para complicar o que é fácil.

Veja-se o epifenómeno chamado Co Adriaanse, que Pinto da Costa prometia vir a ser treinador para muitos e bons anos. Desde o início que ele deu sinais de desequilíbrio, ao embirrar com o penteado de McCarthy ou o brinco de Quaresma: começou por implicar com o acessório, antes de se concentrar no essencial. E, quando o fez e começou a perder todos os jogos decisivos—como alguém já escreveu, jogando muito bem nos intervalos em que não sofria golos — decidiu-se pela fuga em frente, inventando o revolucionário sistema de 3x3x4, tão louvado pela crítica. O sistema era realmente atraente, assim como as suas promessas de espectáculo e golos. Simplesmente, o espectáculo revelou-se inócuo e os golos sumiram-se. Não fosse um inesperadíssimo golo de Jorginho em Alvalade, que valeu o campeonato, e o funeral teria sido retumbante. Este ano, longe de tentar perceber por que é que a equipa não marcava golos, apesar de ter tantos e tão bons alas e pontas-delança, longe de tentar perceber que escapara à morte apenas devido a um super-Pepe e a um incansável Paulo Assunção, que lhe salvaram a face e as ideias, ele resolveu não reforçar a defesa e livrar-se dos dois melhores pontas-de-lança que tinha — Hugo Almeida e McCarthy.

Por isso, agora o FC Porto não está apenas sem treinador e sem um ponta-de-lança de categoria: está também sem defesas-centrais e sem lateral-direito de raiz. Com a lesão de Pedro Emanuel, tudo agora repousa na capacidade de Pepe poder continuar a valer por dois durante toda a época: se ele por acaso se lesiona, tudo aquilo desaba lá atrás. Entretanto, o inteligentíssimo Adriaanse, que tudo sabia e que tinha sempre um culpado à mão para quem atirar as culpas das derrotas, mandou fora um naipe de jogadores como Leandro do Bonfim, Jorge Costa, Diego, McCarthy, Hugo Almeida e César Peixoto, e deixou em troca Sonkaya, Sektioui, Ezequias, João Paulo, Bruno Alves ou Diogo Valente, o único cuja aquisição parece ter alguma justificação.

Na hora da despedida (feita, como em tudo o resto, de forma abrupta e irresponsável), eu, que tanto o critiquei no passado, devo, todavia, reafirmar o que já várias referi como aquilo que ele trouxe de positivo. Primeiro, uma filosofia de futebol ofensivo e de espectáculo — que está certa, em teoria, mas que ele não mostrou ser capaz de levar à prática com resultados positivos; depois, uma disciplina, dentro e fora do campo, verdadeiramente inédita no futebol português — o FC Porto de Adriaanse jogava limpo, sem faltas, sem simulações, sem discussões com os árbitros. Possa quem vier a seguir aproveitar pelo menos esta parte da sua herança, esquecendo a parte má: a instabilidade que causava na equipa, a desumanidade com que por vezes tratava os jogadores, a incapacidade de ler o jogo de fora do campo e influenciá-lo e a sua tendência fatal para perder quase todos os jogos importantes. Desesperadamente, queremos agora alguém que seja normal, competente e ganhador. Alguém que perceba que está ao serviço da equipa e não esta ao serviço das suas teorias ou dos seus estados de alma.

PS — Com este texto dou por findo o período de reflexão que me atribuí. E, porque a reflexão não foi exactamente conclusiva, acho que não estou a trair nenhum segredo se disser que o regresso se deve exclusivamente à capacidade que o director de A BOLA, Vítor Serpa, teve para me convencer a fazê-lo.»

Miguel Sousa Tavares, in A Bola (05/09/2006)

Bye bye

Cunha Leal demitiu-se do cargo que ocupava na Liga. A notícia soube-se pela voz de Valentim Loureiro e não pelo próprio que achou por bem não convocar qualquer conferência de Imprensa, talvez porque o assunto era insignificante e irrelevante para o panorama desportivo em Portugal.

Por tudo o que fez pelo futebol português, só tenho três palavras a dizer:
Já vai tarde.

Entre os melhores

Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto, foi eleito para o Board do Fórum de Clubes da UEFA, que reúne e representa os principais emblemas europeus junto da estrutura do organismo que tutela o futebol europeu. O FC Porto mantém assim a posição que ocupou durante os últimos dois triénios, saíndo até reforçado na sua representatividade, fruto da eleição directa, sinal claro da qualidade do trabalho desenvolvido nos últimos anos. Durante o próximo triénio (2006/09) o dirigente portista vai partilhar funções com Umberto Gandini, do Milan, Juan Laporta, do Barcelona, Peter Kenyon, do Chelsea, e Karl Heinz Rummenigge, do Bayern de Munique, este último na condição de presidente.
in O Jogo 05/09/2006

segunda-feira, setembro 04, 2006

Várias

O único reforço da era Jesualdo Ferreira é Jorge Fucile, lateral uruguaio que vem por empréstimo do Liverpool... de Montevideu. Espero que se adapte bem e seja uma boa opção para o lado direito da defesa já que Bosingwa ainda não me convenceu (pelo menos como lateral). Já agora, o novo reforço faz-me lembrar o Paulo Ferreira, pelo menos no aspecto físico... espero que também o seja em campo.

Depois de recuperar da lesão que o afastou durante praticamente toda a época transacta e de ter feito apenas dois ou três jogos na pré-temporada, Sokota lesionou-se e foi operado (mais uma vez). Desta vez o tempo de paragem estimado é de 3 ou 4 meses. Mais do que um bom médico, o croata precisa é de uma ida à bruxa.

Luís Castro é a nova aquisição do FC Porto. O ex-treinador do Penafiel vai dirigir todo o escalão de formação, área onde tem grande experiência. Espero que faça um bom trabalho e consiga aproveitar melhor o talento dos jovens dragões.

Na próxima jornada o FC Porto desloca-se ao estádio da Luz, não para jogar com o Benfica mas sim com o Estrela da Amadora supostamente devido às obras na Reboleira.

Apesar de tudo parecer normal, não deixa de ser interessante ler as declarações do presidente do Estrela que se desfaz em elogio ao seu homólogo da Luz e onde se mostra eternamente agradecido. Terá sido o estádio cedido gratuitamente ou a troco de algo? Não havia mais estádios na zona da capital? Pelo menos ficámos a saber que os adeptos benfiquistas têm desconto na entrada. Como sempre, o FC Porto irá entrar para ganhar, onde quer que seja.