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quarta-feira, agosto 30, 2006

Será que...

...a venda de Diego ao Werder Bremen (por valores irrisórios face à qualidade do jogador) ainda vai trazer alguns dissabores aos portistas?

Novo Treinador

Ainda a propósito da contratação de Jesualdo Ferreira (cuja presença no banco portista ainda não me habituei) devo dizer que, pensando bem, não restavam muitas outras opções à SAD. Senão vejamos o «perfil» exigível ao novo treinador do FC Porto: alguém com muita experiência; com noção da grandeza e objectivos do clube; com conhecimentos sobre o actual esquema táctico da equipa e sobretudo que conheça (ainda que como mero espectador) os jogadores e as suas principais características.

Por força de algumas destas condicionantes, riscam-se à partida todos os nomes estrangeiros e, olhando apenas para o mercado de treinadores portugueses, aparecem na primeira linha nomes como os de Jesualdo Ferreira, Manuel Machado ou Carlos Brito, todos com clube. Deste trio, o mais habilitado é sem dúvida Jesualdo Ferreira, não só pela idade e experiência como também pelo currículo dos últimos anos no Braga, para além de ser alguém muito admirado pelo nosso presidente.

Aguardo com alguma curiosidade como irá o novo treinador lidar com a mudança no sistema de jogo da equipa, ele que já afirmou não ser um grande adepto do esquema de 3 defesas. Até agora tem estado à altura, sem grandes invenções nem mudanças radicais, mas só o futuro dirá se a equipa moldada à sua medida será competitiva e suficiente para as aspirações do clube. Até lá, só temos de apoiar e acreditar que vamos conseguir.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Entrada de Campeão


FC Porto  2   -   1  União de Leiria


(Texto retirado de www.fcporto.pt)
O F.C. Porto puxou dos galões e entrou na Liga 2006/07 com um triunfo por 2-1 sobre a U. Leiria, realizando uma exibição que corresponde na íntegra ao seu estatuto de Campeão Nacional. No primeiro jogo de Jesualdo Ferreira ao serviço dos azuis e brancos, os adeptos portistas aceitaram o repto do seu treinador, preencheram as bancadas do Dragão e catapultaram a equipa portista para uma noite de domínio absoluto.

No seu encontro de estreia à frente dos Campeões Nacionais, Jesualdo Ferreira optou por manter o desenho táctico que na passada semana tinha dado aos portistas mais uma Supertaça. As novidades estavam apenas nas entradas de Lucho González e de Tarik no onze com que o F.C. Porto iniciou a partida.

Se os primeiros minutos foram de algum encaixe, à passagem do quarto de hora a formação azul e branca já dominava e ameaçava cada vez mais a defensiva leiriense. Os primeiros sinais de perigo foram dados por Anderson. A irreverência do jovem brasileiro ia causando estragos no reduto da equipa visitante, que ia revelando cada vez mais dificuldade para parar o ímpeto do campeão.

Se no minuto 18 Tarik deixou um bom indicador com um flexão interior seguida de remate, no minuto seguinte o extremo marroquino, numa série de fintas, ultrapassa dois adversários e cruza para a entrada de rompante de Adriano, que assinou o golo inaugural da actual edição da liga. Um golo que vale a pena rever.

Depois de aberto o activo, o F.C. Porto assentou por completo o seu jogo e usufruiu de uma série de oportunidades para dilatar a vantagem. Lucho esteve perto do golo, ao minuto 23. Raul Meireles, com um remate de longe, e Cech criaram dois instantes muito perigosos aos 27 e 36 minutos, respectivamente.

O segundo golo chegaria mesmo antes do intervalo fruto de uma combinação entre Anderson e Quaresma. O brasileiro lançou o extremo português que, depois de um excelente trabalho individual e já em desequilíbrio, colocou a bola rasteira fora do alcance de Bruno Vale.

A segunda metade da partida foi um pouco diferente, já que a U. Leiria demonstrou vontade de ultrapassar a passividade a que se tinha entregue no primeiro tempo. O conjunto leiriense subiu, mas esteve sempre sobre o controlo dos portistas, que iam gerindo a vantagem obtida na primeira metade. No momento em que Jesualdo Ferreira refrescava a sua equipa, e logo a seguir a Tarik estar perto do golo, a U. Leiria conseguiu reduzir (68m), mas nem por isso o domínio do Campeão Nacional foi afectado.

Aos 77 minutos, Raul Meireles voltou a obrigar o guardião adversário a uma intervenção complicada e, aos 82 minutos, o recém-entrado Lisandro foi infeliz. O cabeceamento foi excelente e bem medido, mas foi devolvido pela barra da baliza de Bruno Vale. Um bom apontamento do argentino, que soube dar seguimento a um excelente cruzamento de Pepe.

Até final o resultado não se alterou, confirmando uma vitória merecida do Dragão, que entra na Liga com o pé direito.


Ficha do Jogo

Liga 2006/07 – 1ª Jornada

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 40.728 espectadores

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Assistentes: José Lima e Bertino Miranda
4º árbitro: Rui Silva

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe e Cech; Paulo Assunção, Lucho, Raul Meireles e Anderson; Quaresma, Adriano e Tarik
Substituições: Quaresma por Vieirinha (65m), Anderson por Jorginho (65m) e Lucho por Lisandro (82m)
Não utilizados: Vítor Baía, Ricardo Costa, Ibson e Alan
Treinador: Jesualdo Ferreira

U. LEIRIA: Bruno Vale; Éder, Marcos António, Valdomiro e Tixier; Faria, Paulo Machado e Harison; Sougou, Paulo César e Touré
Substituições: Harison por Paulo Gomes (46m), Paulo César por Cadu (46m) e Touré por Ivanildo (70m)
Não utilizados: Fernando, NGal, Slusarski e Laranjeiro
Treinador: Domingos Paciência

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Adriano (19m), Quaresma (45m) e Sougou (68m)
Disciplina: Cartão Amarelo a Harison (37m), Pepe (69m) e Adriano (89m)

* Fotos AP (Associated Press)

quinta-feira, agosto 10, 2006

E agora?

Surpreendente. É o mínimo que se pode dizer da actual situação no FC Porto. Co Adriaanse «bateu com a porta» e, ao que se pode apurar, deve-se ao facto da direcção não lhe ter dado o ponta-de-lança pretendido e de ontem durante o jantar as coisas terem azedado entre jogadores e treinador quando este os pôs de castigo.

Numa história destas, nunca há ninguém com 100% de razão e muito menos certezas dos factos ocorridos. Por isso, o que conta, é a situação peculiar e melindrosa do clube: a 10 dias do primeiro jogo oficial da época, contra o Setúbal, procura-se agora um treinador que pegue numa equipa moldada para um estilo de jogo digamos, invulgar, e sem fazer uma pre-época. Quem irá aceitar?

Na minha simples e humilde opinião a SAD não está isenta de culpas já que devia ter tudo acordado e planeado para esta época como por exemplo a questão do avançado. Adriaanse, esse, esticou a corda mais uma vez mas algo aconteceu porque a situação tornou-se insustentável. É de uma irresponsabilidade enorme demitir-se nesta altura.

Fica Rui Barros a comandar os trabalhos temporariamente, Postiga regressa ao plantel e o Porto tem já hoje mais um teste. Como se irá apresentar esta noite?

Mais do que arranjar culpados, neste momento é necessário arranjar soluções.