Porto Campeão!

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(Texto retirado de www.fcporto.pt)
«A festa está lançada! O F.C. Porto venceu em Penafiel e antecipou o desfecho do campeonato, encerrando uma caminhada fulgurante, somando o 21º título de campeão ao palmarés do clube e consentindo aos seus seguidores mais um festejo efusivo. O Dragão confirmou que é a melhor equipa portuguesa e provou que esteve sempre no rumo certo. As emoções estão à solta. E são merecidas.

A cores da esperança azul e branca pintaram Penafiel num fim de tarde primaveril. Bancadas lotadas, ambição no limite, o festejo refreado pelo pragmatismo, uma tremenda vontade de conquistar o céu. O F.C. Porto chegava às decisões com desafogo e imune a pressões, entrava em campo com a certeza de que o seu destino estava traçado. Bastava apenas apressá-lo.

E Penafiel até era um sítio perfeito para soltar as lágrimas. Penafiel e um palco com nome de revolução, a eternizar a data do renascimento de Portugal, a restituição da liberdade a um país oprimido. Foi no 25 de Abril que terminou o obscurantismo, foi após o 25 de Abril que o F.C. Porto começou a construir a sua hegemonia, foi no 25 de Abril que assegurou o 21º campeonato. Não podia ser mais simbólico.

O desafio deste sábado foi completamente dominado pela equipa de Co Adriaanse. As oportunidades foram inúmeras, Nuno Santos foi o melhor atleta da equipa da casa, o azar cuidou de evitar uns quantos golos, o ferro devolveu dois tiros, o equilíbrio no marcador foi perfeitamente falso. A goleada teria sido certíssima.

O que importa destacar desde desafio é a atitude ganhadora do F.C. Porto e o golo de Adriano. O Dragão quis muito resolver já hoje a questão do título e foi arrasador. Podia ter goleado, mas o que importa são mesmo estes três pontos. Os três pontos que incendiaram a Invicta.

A euforia, todavia, não pode apagar as memórias recentes. Os campeonatos nunca são fáceis. Só os melhores os conquistam. E sempre com mérito e justiça. Neste, contudo, o F.C. Porto teve de avançar em terreno armadilhado, contra invejas e subterfúgios, contra mentes perversas que quiseram acordá-lo do justo sonho de ser o melhor. Sim, o F.C. Porto é o melhor! Sim, os seus jogadores são os melhores! Sim, o seu treinador é o mais competente. Eles são os campeões! Rendam-se às evidências e corem de vergonha.

Este é o instante certo para os portistas passearam o seu orgulho. Os portistas são especiais, os portistas apoiam um clube mágico. Esta bandeira é mítica. Hoje, no dia de mais uma conquista, gritem bem alto: «Campeões, Campeões, nós somos Campeões!!». Esgotem a voz. Este emblema merece tudo.»


Ficha do Jogo

Liga 2005/06 (32ª jornada)

Estádio 25 de Abril, em Penafiel

Árbitro: Augusto Duarte (Braga)
Assistentes: Tomás Santos e Celso Pereira
4º árbitro: Hernâni Duarte

PENAFIEL: Nuno Santos; Pedro Moreira, Nuno Diogo, Weligton, Sérgio Lomba e Celso «cap.»; Jorginho, Bruno Amaro e Barrionuevo; Juninho Petrolina e Diallo
Substituições: Diallo por Dill (57m), Barrionuevo por Zé Rui (57m) e Jorginho por Nilton (80m)
Não utilizados: Avelino, Pedro Araújo, Dias e Yan
Treinador: Luís Castro

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe e Pedro Emanuel «cap.»; Assunção, Raul Meireles, Ibson e Jorginho; Adriano, McCarthy e Alan
Substituições: McCarthy por Hugo Almeida (63m), Jorginho por Ivanildo (71m) e Alan por Lisandro Lopez (81m)
Não utilizados: Vítor Baía, Ricardo Costa, Bruno Alves e Anderson
Treinador: Co Adriaanse

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Adriano (47m, g.p.)
Disciplina: Cartão amarelo a Pedro Moreira (20m), Sérgio Lomba (46m) e Celso (65m)

* Fotos AP (Associated Press)