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sábado, abril 08, 2006

Rumo ao título


Sporting  0   -   1  FC Porto


(Texto retirado de www.fcporto.pt)
Emoções fortíssimas, verdadeiro desafio de campeonato, batimentos cardíacos acelerados, decisões em cada pontapé, passe ou desmarcação. Houve de tudo no Alvalade XXI. Houve essencialmente futebol empolgante, incerteza e muita crença. Muita crença de um Dragão que não se contenta com males menores, fé imensa de uma equipa que deu um passo muito firme para atingir o horizonte mais desejado. Foi por isso que o F.C. Porto derrotou o Sporting. E abriu cinco pontos de vantagem sobre o seu adversário.

O que verdadeiramente impressionou no jogo mais esperado no futebol luso nos últimos tempos foi a voracidade azul e branca. O F.C. Porto chegou a esta partida na frente do campeonato, portanto não precisava forçosamente de vencer para regressar satisfeito à Invicta. À 30ª ronda, a equipa de Co Adriaanse jamais comprometeria as suas aspirações.

O azul e branco, contudo, nunca se satisfaz com empates ou sucessos morais. O F.C. Porto encarou de frente a pressão e meteu-a num bolso, assumiu as suas responsabilidades de principal candidato ao título e fez questão de materializar a fé dos seus seguidores. Foi perfeito!

A história deste encontro resume-se em meia dúzia de tópicos, mais concretamente na excelente ocupação dos espaços por parte do F.C. Porto, em oposição ao jogo directo e quase sempre mais de expectativa do Sporting. Co Adriaanse espalhou os seus atletas pelo relvado e não lhes condicionou os mecanismos. Fez a opção correcta. E por isso ganhou.

Não foi uma contenda acessível. O oponente justificou cuidados permanentes e aqui cabe um enorme elogio à estrutura defensiva portista. O F.C. Porto foi um colectivo solidário e competente a cancelar as iniciativas do Sporting. Tudo começou aí. Na firmeza da retaguarda. A bola esteve quase sempre no meio-campo, daí a forte inflação da folha disciplinar. Foi, como já se frisou, um excelente jogo de campeonato.

As mais flagrantes oportunidades de golo de todo o jogo pertenceram a Jorginho. Na primeira, o brasileiro apostou numa cabeçada venenosa que o guarda-redes contrário defendeu, no decalque do perigo o avançado não deu hipóteses. Segurou a bola com o pé direito e estourou com o esquerdo. Com raiva, com classe, com a força de quem quer vencer.

A justa vantagem podia ter chegado mais cedo, quando o F.C. Porto ficou em vantagem numérica após a expulsão de Sá Pinto. Esse seria o momento para o Dragão arriscar ainda mais. Menos de cinco minutos depois, todavia, Bosingwa também foi forçado a deixar o campo. Injustamente. Revés? Nada de especial! A pouco mais de 20 minutos do fim, o F.C. Porto podia jogar para um empate que até seria positivo. Mas não o fez. Por isso foi premiado, por isso tocou o céu, por isso é que a festa, que principiou nas bancadas, está agora espalhada na Invicta. Hoje, e como sempre, foste enorme, Dragão!


Ficha do Jogo

Liga 2005/06 (30ª jornada)

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Assistentes: Bertino Miranda e Tiago Trigo
4º árbitro: Artur Soares Dias

SPORTING: Ricardo; Abel, Tonel, Polga e Caneira; Custódio, João Moutinho, Carlos Martins e Sá Pinto «cap.»; Deivid e Liedson
Substituições: Carlos Martins por Nani (60m), Deivid por Douala (70m) e Abel por Koke (82m)
Não utilizados: Tiago, Tello, Miguel Garcia e João Alves
Treinador: Paulo Bento

F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe e Pedro Emanuel «cap.»; Paulo Assunção, Lucho González, Raul Meireles e Jorginho; Lisandro Lopez, McCarthy e Quaresma
Substituições: Quaresma por Alan (56m), Lisandro Lopez por Ricardo Costa (68m) e McCarthy por Adriano (80m)
Não utilizados: Vítor Baía, Ibson, Bruno Alves e Hugo Almeida
Treinador: Co Adriaanse
Ao intervalo: 0-0

Marcadores: Jorginho (85m)

Disciplina: Cartão amarelo a Pedro Emanuel (5m), Carlos Martins (9m), Lisandro Lopez (17m), Quaresma (30m), Deivid (32m), Sá Pinto (38 e 63m), Abel (61m), Bosingwa (64 e 67m), Pepe (83m) e Alan (84m)

* Fotos AP (Associated Press)

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