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sexta-feira, abril 14, 2006

Para si, Mister!


FC Porto  1   -   0  Leiria


(Texto retirado de www.fcporto.pt)
Sentimentos muito fortes numa sexta-feira santa de futebol. O F.C. Porto voltou a casa depois da vitória categórica em Alvalade, Co Adriaanse fechou uma semana de luto com mais um compromisso no comando da sua equipa, uma nova etapa de um percurso que todos desejam azul e branco, os portistas esgotaram a lotação do Dragão. Foi um espectáculo interessante, que valeu três pontos e um gesto inesquecível dos atletas para o seu líder.

Não se esperavam facilidades. Nenhuma das almas presentes no Dragão aguardava por favas contadas ou vitórias antecipadas. O F.C. Porto chegava a este desafio com a moral em alta, mas tinha de manter a toada vencedora e a passada firme. O adversário não se apresentava tolhido por pressões classificativas, portanto podia actuar sem preconceitos. A vitória, mais do que nunca, requeria muita qualidade.

E o F.C. Porto foi, uma vez mais, uma formação extremamente competente. Primeiro porque soube gerir perfeitamente as emoções, depois porque soube perceber que cuidados teria de assumir. Controlando com precisão os ritmos do desafio e procurando diversificar os caminhos para a fatalidade, o Dragão esteve quase sempre à frente do seu oponente. E por isso triunfou.

Para além destes traços gerais, os três pontos basearam-se no maior pendor atacante e no acumular de oportunidades. Costinha foi o melhor dos leirienses e isso diz tudo. Cancelou festejos a McCarthy e Raul Meireles, a este em três ocasiões, e impediu que a tranquilidade no marcador apressasse a chegada do 90º minuto.

O golo de Adriano, todavia, marcado a um minuto do descanso, chegou para alegrar a noite azul e branca. Os atletas perceberam que esse instante valeria por quase tudo. Por isso festejaram-no com muito sentimento, rodeando o avançado, acompanhando-o na corrida até Co Adriaanse, apertando o forte abraço do grupo ao seu treinador. Pelo valor afectivo, este foi o golo mais simbólico do ano.

Na segunda metade, o F.C. Porto controlou, manteve a U. Leiria em sentido e contribuiu para a festa nas bancadas. A partida estava decidida. Um novo destaque apenas podia ser pela negativa, que chegaria com a confirmação da dualidade de critérios da arbitragem, que mostrou um segundo cartão amarelo a Lucho González num lance normalíssimo, precisamente depois de um atleta visitante ter abalroado Adriano sem a competente sanção técnica.


Ficha do Jogo

Liga 2005/06 (31ª jornada)

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 45.828 espectadores

Árbitro: Elmano Santos (Madeira)
Assistentes: Fernando Pereira e António Martins
4º árbitro: Marco Delgado

F.C. PORTO: Helton; Pedro Emanuel «cap.», Pepe e Cech; Paulo Assunção, Lucho González e Raul Meireles; Alan, McCarthy, Adriano e Jorginho
Substituições: Cech por Ricardo Costa (46m), McCarthy por Ivanildo (64m) e Adriano por Ibson (84m)
Não utilizados: Vítor Baía, Lisandro Lopez, Bruno Alves e Hugo Almeida
Treinador: Co Adriaanse

U. LEIRIA: Costinha; Éder, João Paulo «cap.», Gabriel e Tixier; Paulo Gomes, Harison, Jaime e Fábio Felício; Lourenço e Paulo César
Substituições: Jaime por Miramontes (69m), Tixier por Alhandra (75m) e Fábio Felício por Renato (87m)
Não utilizados: Fernando, Vítor Pereira, Kata e Laranjeiro
Treinador: Jorge Jesus

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Adriano (44m)
Disciplina: Cartão amarelo a Lucho González (38 e 81m), Cech (40m), Jaime (51m), Tixier (65m), Alhandra (77m), Gabriel (88m), Éder (90m) e Helton (90m)

* Fotos AP (Associated Press)

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